sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sonda-me, pequenas gotas de orvalho. Busco-te, em frases feitas, segredos, nas águas guardei. Vem em mim. Te trago flores, cansadas, mas flores em ti. Não sou mais nada que isso, não sou bonito e tal. Mas posso dar-lhe o mais profundo desejo, o respeito de um homem sem identidade. Se sou assim me respeite, aceite o pobre que sou. Na madrugada a escuridão me pegou, e sem um rumo eu fui, e dei de cara com o muro e com tudo, que um dia você me livrou. Só estou cansado da vida, acho que vou surtar. Me dê um wisque eu quero me afogar. São devaneios e causas, são justas as causas. Agora não paro de pensar. Se sou o que sou, porque sou o que eu não queria ser, não lutei e não dá tempo. Minha sepultura está a me esperar, e nada fiz pra imperdir. Só sou um sujeito sem identidade. Mas me aceite nessa noite, um pouco do seu tempo; deixa eu dormir no seu colo?

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Tento me encontrar, tenta se encontrar

Preciso me encontrar, isso, em mim mesma. Busco as respostas do que ainda não entendi. Se sei, páro e penso e fico. Nada sei. Distante! meus olhos choram, meu corpo sente frio e nada sei. Se estamos fixos em um nada sobreposto sobre um tudo de leis e eufemismos. Te trago envolto, as vestes que te dei, meu saco de estopa eu já emprestei. Carrego tudo em um nada, seguro por um fio. Não sou minha filha, mas me amo como Deus quer. Em mim está o infinito, a chaga incurável e a alegria que desejei. De sopros em pó. Poeira que respiro e me adoece, o pó dos meus ossos que já estavam cansados de suportar a carne fraca e o espírito confuso. Menina de sonhos inacabados, sonhos que não passaram de sonhos, e sonhos já não tinha mais. Apenas a mente que aprendeu a esquecer tudo muito rápido. Tudo que foi ruim, tudo que foi triste, lembranças, foram esquecidos, e nada em mim ficou, apenas lembranças boas, presente bom, futuro incerto e bom. Me encontrei, acho. Só não sei até quando, é tão imprevisto quanto o tempo, quanto brincar com uma criança de colo. São riscos que corremos, não é? Pois o choro pode enfim aparecer, ou um sorriso ingênuo e sincero. Esquecer o que passou, já não importa mais. Apenas me importa o que está acontecendo, já nem o que virá. O que queres da vida menina?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Determinados pontos principais.

Criando em mim velhas poesias cantadas,
São versos cálidos e álgidos.
Ai de mim que não sou nada, pessoa simples e gritante.
Silêncios perturbantes, coisas em mim que não consigo enchergar, e eles enchergam. Veem em mim o que não sei o que veem, nem o que vem .
Páro e fico e o tempo passa e acho que nada mais vai acontecer, penso que a vida parou assim tão linda e simples.; mas não, nunca é assim, sempre tenho certas surpresas, e fico a pensar sobre elas, e rogo a Deus pra que nenhuma atrapalhe minha humilde vida, que tento viver sempre da melhor maneira.
O segredo é ignorar certos acontecimentos, como se não tivessem sequer acontecido.
São passos dados com muita cautela, como era antes, eu criança e hoje mulher, menina no ser de viver.
Piso lírios em cores aveludadas, mas lírios são brancos! e minhas aflições são cinzas, meu amor é vermelho, a segunda é verde, a terça é azul, a quarta é amarela, a quinta é roxa, a sexta é rosa, o sábado é branco e o domingo é vermelho. A tristeza é pó, e solidão é negra como a dor. A saudade é fumaça. Eu sou dor que reclama em mim. Alegria que pulsa no fundo, que no fundo sou rosa.

domingo, 7 de junho de 2009

Magoar quem se ama dá aperto no coração, nó garganta e choro sem cessar.

Na madrugada fria, eu e meus lençóis. Ouvindo uma bela música que me fazia lembrar, o rosto perfeito que me acalma quando o vejo. O aperto no peito pulsava forte. Sem saber o que fazer, e querendo fazer algo pra descontinuar aquele sofrimento. Queria poder me redimir do que falei, ou poder voltar atrás, no tempo. Alguma horas apenas. Mas já era tarde e tudo já havia acontecido, magoei meu grande amor, com palavras injustas, verdadeiro “golpe” em seu sentimento puro e inocente. Só quero que me perdoe, que não leve adiante o que eu falei. Estou aprendendo a viver agora, sou apenas uma menina que busca carinho e exige demais, ainda não sei controlar os meus impulsos. Pedi desculpas, implorei o perdão. Meu amor me perdoou, mas pra mim não foi suficiente. Quero poder cuidar ainda mais, me redimir de alguma forma. E sei que vou conseguir, afinal o amor que carrego no meu ser é muito maior que a força de minhas palavras injustas. Ei de conseguir, sou muito feliz hoje. Amo e sou amada!

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Hoje.

Poucos dias são perfeitos, mas existem alguns que superam as expectativas. Dias que cansam o corpo, a mente, e até o coração. Tudo fica aflito em mim, e isso acontece com todo mundo. Mas não quero que meus dias sejam iguais. Não quero um replay. Não quero as mesmas caras. Canso de falar às vezes, eu só queria o silêncio e nada posso fazer, e olha que não foi isso que escolhi pra mim. Na realidade não sei o que escolhi pra mim. Faço planos, mas tenho medo, muito medo do que me espera. Meus sofrimentos podem estar guardados em um lugar muito profundo, mas e se de repente eles surgirem, como uma nuvem carregada, será que terei forças para superá-los? Encontro-me em paz hoje. Sim, em paz. Apesar dos. A vida é perfeita. Deus é perfeito em mim, e para mim. Muitas coisas que reclamo nada mais é que a aceitável realidade, e perfeita também. Poderia ser pior. Sim poderia. Quero a vida como ela é, mas só quero viver, e nada mais. Feliz como tem que ser. Assim.