sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Esfinges, negros, brancos, figuras, espanto.


Sinais tortuosos no céu. Bravo sentimento de um forasteiro.

Bem leve aquela neve que caia. Solúvel em branco mel quase que amargo.

Desígnio de outrora verdade. Bisturis, árvores secas quase em nó.

É o perfeito mistério dessa sinfonia amorosa.

Estar assim perdido em mares de areia, no deserto de uma alma.

Destruído em puro sulco quase ao pó. Eis que terra é essa, tão sem cor.

Homens tristes, rostos molhados, não de lágrimas, mas de suor.

É o cansaço de uma vida inteira sem prosperar. É a vertigem que combina com

Essa ânsia de chegar. Bem no centro das atenções dos humanos, é motivo de chacota.

Estiveram sentados beira mar naquele dia. Luzes de néon. Vagos pensamentos que os

Acompanhavam. Cintilantes e notívagos. Embriagados e largados à mercê do tempo.

Ah tempo! Tempo este que não chega.

Recordações em brasa ficarão guardadas. É mesquinho. É fugaz. Titubearão então. Enfim.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Nesses caminhos procuro um alento.
Nesses caminhos me vejo perdida então.
Nesses caminhos busco respostas.
Estou farta desse fardo meu.
Queria jogá-lo num penhasco enfim.
Queria ter nas mãos essa liberdade de ser o que quero.
Queria estar lá, onde eu queria estar.
Percebo que as vozes não são para mim.
Os olhos são pro infinito.
As palavras esvoaçam esse meu mundo de folhas secas.
Busquei por tanto tempo uma sombra.
Mas me vejo queimando nesse sol, ainda.
Você é meu sol; e ao mesmo tempo minha escuridão.
Apague a luz quando for sair,
Ao menos meu coração não vai sentir tanto.
Piso em cacos e sangro; também esses pés descalços.
Regresso nesse sonho. Aqui estou; mais forte talvez.
Mas sinto medo do mundo, das pessoas.
Esse medo que supera minhas forças.
Agora sim estou, aqui, deitada, nessa cama fria, esperando o fim.
E logo vem o sol.