quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

São sinais mastigáveis esses seus,

São penúrias essas minhas anulações.
É bem farto esse fagulho em meus olhos,
És pioneiro em me deixar só nesse lugar.
Estremeço esse meu corpo quase nu.
Minha voz quer te gritar e não suporta,
Dilatados estão meus olhos que não te vêem.
Meço os cantos desse quarto, meio que sombrio.
Faço preces pra voltares para mim,
Entrego-me a estes brandos sentimentos.
Sutilezas me disseram e não ouvi.
Me perdi em meio ao tempo que esgotou.
Fiz poemas pra você então me ler,
Tão assim, bem mais perto da minha’lma.
Te senti, quando seu olhar tocou o papel,
Fiz pra ti, aquilo de surpresas dos amantes.


Estou aqui te esperando, tão suave, tão distante.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Molha minha solidão, nesse quarto vazio.
Vejo-te pela janela, correndo solta e limpa.
Vejo-me presa em meus sonhos, em minhas desilusões.
Vejo-te assim tão pura e perto do seu amor.
Molha agora esse meu rosto triste, lave minha alma.
Entre nos meus poros secos de abraços.
Preenche esse vazio do meu coração.
Água de mares não tem em ti.
Pertence água doce e potável.
Mata a sede desses pobres infelizes.
Vem de mansinho velar meu sono.
Vem chuva fina, rolar no meu telhado molhado de saudade.