Criando em mim velhas poesias cantadas,
São versos cálidos e álgidos.
Ai de mim que não sou nada, pessoa simples e gritante.
Silêncios perturbantes, coisas em mim que não consigo enchergar, e eles enchergam. Veem em mim o que não sei o que veem, nem o que vem .
Páro e fico e o tempo passa e acho que nada mais vai acontecer, penso que a vida parou assim tão linda e simples.; mas não, nunca é assim, sempre tenho certas surpresas, e fico a pensar sobre elas, e rogo a Deus pra que nenhuma atrapalhe minha humilde vida, que tento viver sempre da melhor maneira.
O segredo é ignorar certos acontecimentos, como se não tivessem sequer acontecido.
São passos dados com muita cautela, como era antes, eu criança e hoje mulher, menina no ser de viver.
Piso lírios em cores aveludadas, mas lírios são brancos! e minhas aflições são cinzas, meu amor é vermelho, a segunda é verde, a terça é azul, a quarta é amarela, a quinta é roxa, a sexta é rosa, o sábado é branco e o domingo é vermelho. A tristeza é pó, e solidão é negra como a dor. A saudade é fumaça. Eu sou dor que reclama em mim. Alegria que pulsa no fundo, que no fundo sou rosa.
2 comentários:
"Porque te sei, assim te quero/ Cheia de imperfeições/ E limites./ Assim te quero:/ "Determinando pontos principais"/ Quais?/ São talvez tantos - / Uns momentos./ Umas saudades/ E ausências.// São também aqueles/ Pontos que nos passam:/ Aquelas pequenas vitórias/ Do dia-a-dia/ Do antepassado/ Em nós couriscando.// Porque te sei, agora és mulher/ De palavras/ De verbos na língua/ De canção no coração./ Porque te sei menina/ Quero-te, também,/ Poeta./ Nós: poetas de nós mesmos." (Die)
Muito bonito isso que escreveste, menina das álgidas palavras. Te quero agora escrevendo sempre, sempre e muito, e sem pensar, principalmente. Não pense no que vai escrever, apenas escreva. Vomite tudo no papel, ou melhor, no computador. Você vai ver que, aos poucos, desse vômito aparentemente disforme, vai nascendo bonitas flores, pérolas guardadas em nós.
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