terça-feira, 20 de abril de 2010

Infância



A sagrada luz em mim fez refrão,
Saudade do tempo em que era pequenino;
Embaixo da figueira brincava inocente
As folhas no chão eram parte do cenário.


Um amigo imaginário, mais fiel não existia.
Destemido no mato fechado, os bichos,
Os pássaros, companhias inseparáveis;
Esse era o meu recanto fabuloso.

E quando a tarde caía,
No céu o sol se estendia brando e solto.
Uma mariposa pousou no varal da vó Maria.
O poço que diziam ser profundo quase nunca
Sentei lá.
Medo de me afundar nas águas e nunca mais
Poder voltar.

O loro pobrezinho com os restos se divertia,
Na grama lisa e bem feitinha, eu rolava e sonhava.
Era mais que uma infância, é o tempo proveitoso,
Dessa vida que  hoje tenho só lembranças,
E de saudades um dia ainda morro.
                                                   
                                                           (Mari)

3 comentários:

DuhMoura disse...

Perfeito esse Poema. Diz tudo! Futura grande escritora!

Tay Biazotto disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tay Biazotto disse...

paalavras neem descreveem, vs me surpreendeu, rs, muito perfeito ~ parabééns viu, vs teem talento ;x