quarta-feira, 28 de abril de 2010
Jogos e milagres
Perdido em meio de pedras e imos,
Distante um pouco dos homens.
Milagres inocentes, lágrima que cai.
Sou poeta e fogo, sou água e nada,
Sou mais que seus olhos de mel podem ver.
As cartas estão queimadas e soltas no ar.
Esquecidos mais que o tempo que passou,
A vida num 3x4 imaginário,
A misericórdia está por vir.
Erga essas mãos! Mova-se, pobre resto!
Rejeitas a essência que lhe cabe.
Quase que ancião e nada fez e tens jogado.
Cartas ao léu, apostas frustradas.
Nem a rua lhe quer mais, e eu?
Eu sou resto e pó. Sou fel de mel,
Sou você retornando pelo caminho;
Pelo caminho que um dia se arrependeu.
E até mesmo o caminho a seguir
Rejeita-nos então.
(Mari)
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