Infância
A sagrada luz em mim fez refrão,
Saudade do tempo em que era pequenino;
Embaixo da figueira brincava inocente
As folhas no chão eram parte do cenário.
Um amigo imaginário, mais fiel não existia.
Destemido no mato fechado, os bichos,
Os pássaros, companhias inseparáveis;
Esse era o meu recanto fabuloso.
E quando a tarde caía,
No céu o sol se estendia brando e solto.
Uma mariposa pousou no varal da vó Maria.
O poço que diziam ser profundo quase nunca
Sentei lá.
Medo de me afundar nas águas e nunca mais
Poder voltar.
O loro pobrezinho com os restos se divertia,
Na grama lisa e bem feitinha, eu rolava e sonhava.
Era mais que uma infância, é o tempo proveitoso,
Dessa vida que hoje tenho só lembranças,
E de saudades um dia ainda morro.
(Mari)
3 comentários:
Perfeito esse Poema. Diz tudo! Futura grande escritora!
paalavras neem descreveem, vs me surpreendeu, rs, muito perfeito ~ parabééns viu, vs teem talento ;x
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