domingo, 5 de julho de 2009

Corações de lágrimas de sangue. Sentidos no ínfimo suor. Mente sem saber onde ir. Lugares que os olhos gostariam de ver. Onde encontrar a resposta? Situações simples. Os contornos de um corpo solúvel no ar, As gotas se mostram em formas de dor. Prostram-se meninos com fome. Olhar de desânimo e injustiças. Seguem os caminhos tortuosos. Carrinhos de madeira, sombra de uma velha árvore, De galhos infecundos. Distantes mães sem leite. Perseguidores sem sentimento. Mundo dos injustiçados. Ordeno a lei que jamais será seguida, A lei da igualdade. Os pés descalços, rachados de tanto caminhar, Na busca de apenas um grão, um líquido Que sustente essa pobre criança desnutrida. De laços em mãos degeneradas pelo cansaço. Triste fim de um mundo de desigualdade. A solução é o fim!

Um comentário:

Unknown disse...

"Corações de lágrimas de sangue", "As gotas se mostram em formas de dor."Carrinhos de madeira, sombra de uma velha árvore, de galhos infecundos", "Mundo dos injustiçados". Frases essas que não parecem ser desse mundo, né? Ou parecem? Sofrimento, sofrimento, sofrimento. Secura. Infecundidade. Degeneramentos. A solução sendo um fim. Imaginei um sub-mundo povoado por espíritos sofredores. E, agora que você me disse, realmente há muitos paralelos com a África e o estado deplorável das crianças, África da fome, da AIDS, da pobreza extrema. Chocante e nos faz pensar. Parabéns.