sexta-feira, 26 de junho de 2009

Sonda-me, pequenas gotas de orvalho. Busco-te, em frases feitas, segredos, nas águas guardei. Vem em mim. Te trago flores, cansadas, mas flores em ti. Não sou mais nada que isso, não sou bonito e tal. Mas posso dar-lhe o mais profundo desejo, o respeito de um homem sem identidade. Se sou assim me respeite, aceite o pobre que sou. Na madrugada a escuridão me pegou, e sem um rumo eu fui, e dei de cara com o muro e com tudo, que um dia você me livrou. Só estou cansado da vida, acho que vou surtar. Me dê um wisque eu quero me afogar. São devaneios e causas, são justas as causas. Agora não paro de pensar. Se sou o que sou, porque sou o que eu não queria ser, não lutei e não dá tempo. Minha sepultura está a me esperar, e nada fiz pra imperdir. Só sou um sujeito sem identidade. Mas me aceite nessa noite, um pouco do seu tempo; deixa eu dormir no seu colo?

2 comentários:

Unknown disse...

Brincar de ser poeta é das diversões mais prazerosas que existem. Inventar versos e jogar no papel. Brincar com a palavra e com o pensamento da gente. Às vezes, quando terminamos de escrever alguma coisa, você duvida da veracidade daquela autoria e pensa: "puxa, isso tudo tava dentro de mim e eu não sabia!" Ou "essas palavras não parecem ser minhas, é sem dúvida de outra pessoa..." E, quanto mais você escrever, lapidar o texto e ler os grandes poetas, melhor vai ficando seu estilo, melhor vão ficando os teus poemas, mais bem acabados e arrematados. Desejo que não pare de escrever nunca, mesmo que for "feinhos" ou "sem sentido". Com o tempo, tudo será belo e repleto de significação. Beijos, linda!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.