Avenida
No tempo, as coisas diluídas de eternidade
consomem o papel que me foi apresentado.
Sou só um ser sem jamais ser
O que em mim flui reversamente
Nas livrarias, no shopping, nas ruas
toda difusão veemente de um indivíduo
circunscrito a sua própria ausência
apontam para uma presença remota.
Dor, tédio, escrúpulo da alma
dentro da angústia que não acontece
e força o ritmo lento dessas avenidas
que se cruzam praticamente em vão.
Um comentário:
Belo texto
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