segunda-feira, 24 de outubro de 2011

ciliares celestes



é sobretudo o limite do tempo que dilacera
vosso estado de coisas, vossa comunhão
com o corpo. sobretudo o silêncio da retina
que despe-te dos cílios, das águas e fuligens
que encantam tua vida, amálgama e céu;
e esse episódio colorido construído em síntese
hermética dá o sentido exato de vosso coração.

                                                    (Fernando Marini)

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