quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Queria voar no silêncio, cair no breu dos olhos.
Fincar meus dedos no braço gelado,
calçar as meias amareladas pelo tempo, esquecidas.
Voltar pelo caminho que caiu na lembrança
da menina, guria vazia e estufada de sonhos.
Iludir as peripécias do pensamento -  aglutinadas no riso escondido.
Abster-se do mel escorrido no lábio rachado de nervos, contraídos de vontades sem fim.
E depois num tenso ritmo de corpos esquecer-se do tempo,
do vento e do sol. Esquecer até o mundo em seu completo
jorrar de excrementos sujos e rudes, queremos esquecê-lo.
Ah mundo bonito esse que criamos a nossa volta! Vamos
viver aqui.
(By Mari)

2 comentários:

Anônimo disse...

O desejo de libertar-se, de voltar no tempo, de reviver a infância. Todo poeta, de alguma forma, acessa essas memórias que são, em todo mundo, de uma intensidade assustadora. E desejar a eternidade, "esquecendo-se do tempo", e fugir, também, dessa angustiante existência cujos "excrementos sujos e rudes" toldam nossos caminhos, e tolhem nossas vontades. Viver aqui talvez seja a única saída. Ou não. Gostei bastante.

Isabel Batista disse...

Oi! Tem um presente pra você em meu blog!

http://devaneiosdeumamulher.blogspot.com/

O Premio Dardos tem a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor a Web.

Foram, de minha participação, 10 blogs contemplados, inclusive o seu. A participação não é obrigatória, mas fica aqui expressa a minha menção ao seu mérito.

Abraço!