terça-feira, 16 de março de 2010

Rever-te em meus braços é como uma oração.
Deixá-lo suspirar em meus ouvidos, gestos cálidos.
Me despi por detrás das cortinas de seda, seus olhos a me fitar.
Aquele cigarro que não passa de instrumento. Apagado, em meus lábios mornos e alagados.
Este corpo me traz a recordação de um passado solto em ventos fúnebres e largos de folhas e melancolias.
Sentia em meus braços o puxar daquele outro que não era uma vontade estúpida, era apenas aquilo de não ter escolha apenas.
Fiz poemas em noites de lua cheia. E lá estava o seu paradeiro tão distante de meus olhos.
Forçamos quase que uma volta, essa estrada derrapada. Essa estrada de sertões e fibras neutras. Sou quase que uma menina abandonada por quem não conheço e espero chegar.
Em nobres noites, bebidas e aromas exóticos.
Neste quarto só me resta os restos. Meus restos de gente quase que indigente.
Amanhã tudo continua. Amanhã uma nova estória, a mesma melancolia.
Assim, até meu adeus, e enfim o mundo ficara livre de mim.

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