sexta-feira, 4 de abril de 2008

Acasos...

Qual será a maneira correta de agir? Qual palavra que devo lhe dizer? Que gesto devo ocultar? Quantas vezes terei de reprimir meu coração para evitar surtos indesejavéis? Como se não bastasse esta vida curta. Os dias são como sonhos, a única diferença é que me lembro o que aconteceu ontem. Se sou diferente das outras pessoas, não sei. Mas sei que posso ser mais do que sou. Pelo ao menos tentar. Meu coração se exala, e tudo na mesma. Meu jeito estranho, meu sorriso sincero, minha voz rouca e meu cheiro inesquecível. Talvez nunca mais se lembre de mim. Ou sua memória me procure por caminhos tortuosos, vagas lembranças do que não aconteceu. Saudade do amanhã. Medo do passado. Insegurança no presente. Mas nada mais é necessário para ser feliz. Um amor. Um adeus. Uma lágrima. Um "nunca mais desapareça".

2 comentários:

Borboletas Químicas disse...

Se quizer leia, se não; o ploblema é seu!

Unknown disse...

Bonito, muito bonito. Denota sinceridade e alguma habilidade em descrever sensações internas, desesperos e alegrias. É meio sombrio (talvez pela tessitura do próprio blog, assim, negrão) mas eu gostei mesmo. Quero que continue descrevendo a si própria. Vomitando fundo. Com o dedo lá dentro da garganta. O que sair, sei lá, pode ser até uma flor.