quinta-feira, 20 de maio de 2010

As promessas acabaram
miúdas pétalas sob o chão.
Caiu a noite e a lágrima
do esguio dos meus sonhos.
Ah frajutos sonhos estes meus!
De assombros e caos de existir.
São só pétalas esmagadas,
são só cores com esse toque negro
de esmagar.
As marcas que ficam não tem cura
A flor que murcha não tem mais vida
A vida é santa e mais amena neste quarto.
Tenho me livrado das línguas, dos furtos
e sobressaltos do coração, por às vezes
da alma.
  (Mari)

Estive só por esse dias, fiz frases ao anoitecer
Teci uns brins acetinados de saudade.
Cai no céu de uma estrela quase nua,
Até vi a lua, pobrezinha ali sozinha.
E eu aqui, sozinha vendo a lua me olhar e quem sabe o que estava a pensar? Claro! "Em mim pobrezinha, aqui sozinha, nessa janelinha a a te fitar". Luar de brandos toques, luar que faz a brisa ficar bonita, luar que enfeita essa minha noite, pobre noite. O espelho se quebrou.


Sai correndo por entre as árvores e dei um berro:
-Cadê João que não me vem para o almoço? Cadê o homem que me fez promessas à beira do lago? Cadê ele? Cadê ele!?
O meu amor se foi com o vento naquele dia, ele nunca mais voltou, nem preciso preparar o almoço, nem pr'um cafézinho ele apareceu. Nem pra me dizer que não era eu. Nem pra me chamar de insana, de burra ou de bruaca! Nem pra esbofetar essa minha cara. Nem um adeus. Nem um sinal.

E é tudo isso que me dói mais.
                   (By Mari)   

Nenhum comentário: